Igualdade de género Acordo colectivo de trabalho no calçado estabelece vencimentos iguais para homens e mulheres Autor: Data Publicação:19/04/2017 O novo contrato colectivo de trabalho para o sector do calçado, celebrado esta terça-feira, formaliza a equiparação das remunerações para os trabalhadores que exercem o mesmo tipo de funções. O entendimento entre a APICCAPS (Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes e Artigos de Pele e Seus Sucedâneos, representativa de cerca de 40% do número total de empresas do sector e que empregam à volta de 80% dos funcionários) e a FESETE (Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal) foi assinado numa cerimónia que teve lugar na cidade do Porto e que contou com a presença do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva. Os vencimentos vão subir, em média, cerca de 3,5% para todos os profissionais do calçado, num sector com mais de 60% de empregados do sexo feminino. A última renegociação do contrato colectivo datava do ano passado (pode consultar aqui as anteriores remunerações de entrada para cada categoria profissional dos funcionários que trabalham no ramo), com por exemplo o subsídio de alimentação previsto a ser de 2,20 euros por cada dia de trabalho completo, ficando dispensadas do pagamento as empresas que fornecem aos trabalhadores uma refeição completa. «Este acordo histórico prevê, pela primeira vez, uma igualdade remuneratória para os trabalhadores que desempenham funções do mesmo nível de classificação profissional, independentemente do género», destaca a associação empresarial do calçado. O novo contrato colectivo de trabalho é pioneiro no país em declarar a igualdade de salários entre homens e mulheres, isto depois da Islândia em Março deste ano ter sido o primeiro Estado a pretender obrigar os empregadores a provar que pagam o mesmo ordenado para trabalho igual. A indústria do calçado portuguesa emprega cerca de 39 mil pessoas em mais de 1.300 empresas. A produção de calçado luso distribui-se maioritariamente por dois polos, um centrado nos concelhos de Felgueiras e Guimarães e o outro na zona de Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis e São João da Madeira. Os cinco concelhos em conjunto representam mais de três quartos do emprego sectorial. O calçado registou em 2016 o melhor ano de sempre em termos de comércio internacional, com vendas ao exterior a cifrarem-se em 1.923 milhões de euros. Os mercados europeus são os principais destinos das exportações dos sapatos nacionais, destacando-se França, Alemanha, Holanda, Espanha e Reino Unido. NOTÍCIAS RELACIONADAS: Acordo colectivo de trabalho na distribuição contempla aumentos salariais de 2% Partilhar esta informação
Igualdade de género Acordo colectivo de trabalho no calçado estabelece vencimentos iguais para homens e mulheres Autor: Data Publicação:19/04/2017 O novo contrato colectivo de trabalho para o sector do calçado, celebrado esta terça-feira, formaliza a equiparação das remunerações para os trabalhadores que exercem o mesmo tipo de funções. O entendimento entre a APICCAPS (Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes e Artigos de Pele e Seus Sucedâneos, representativa de cerca de 40% do número total de empresas do sector e que empregam à volta de 80% dos funcionários) e a FESETE (Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal) foi assinado numa cerimónia que teve lugar na cidade do Porto e que contou com a presença do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva. Os vencimentos vão subir, em média, cerca de 3,5% para todos os profissionais do calçado, num sector com mais de 60% de empregados do sexo feminino. A última renegociação do contrato colectivo datava do ano passado (pode consultar aqui as anteriores remunerações de entrada para cada categoria profissional dos funcionários que trabalham no ramo), com por exemplo o subsídio de alimentação previsto a ser de 2,20 euros por cada dia de trabalho completo, ficando dispensadas do pagamento as empresas que fornecem aos trabalhadores uma refeição completa. «Este acordo histórico prevê, pela primeira vez, uma igualdade remuneratória para os trabalhadores que desempenham funções do mesmo nível de classificação profissional, independentemente do género», destaca a associação empresarial do calçado. O novo contrato colectivo de trabalho é pioneiro no país em declarar a igualdade de salários entre homens e mulheres, isto depois da Islândia em Março deste ano ter sido o primeiro Estado a pretender obrigar os empregadores a provar que pagam o mesmo ordenado para trabalho igual. A indústria do calçado portuguesa emprega cerca de 39 mil pessoas em mais de 1.300 empresas. A produção de calçado luso distribui-se maioritariamente por dois polos, um centrado nos concelhos de Felgueiras e Guimarães e o outro na zona de Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis e São João da Madeira. Os cinco concelhos em conjunto representam mais de três quartos do emprego sectorial. O calçado registou em 2016 o melhor ano de sempre em termos de comércio internacional, com vendas ao exterior a cifrarem-se em 1.923 milhões de euros. Os mercados europeus são os principais destinos das exportações dos sapatos nacionais, destacando-se França, Alemanha, Holanda, Espanha e Reino Unido. NOTÍCIAS RELACIONADAS: Acordo colectivo de trabalho na distribuição contempla aumentos salariais de 2%