Tendências Suécia avalia implementação de jornada diária de seis horas Autor: Data Publicação:23/05/2016 Se em Portugal se discute o regresso ou não às 35 horas semanais já a 1 de Julho e se para todos os trabalhadores da função pública, na Suécia está a ser estudada a redução generalizada do horário laboral para seis horas diárias. Uma década depois a matéria voltou à ordem do dia entre os suecos. O Governo promoveu a realização de um estudo num lar de idosos na cidade de Gotemburgo durante um ano para constatar se uma diminuição do horário de 40 para 30 horas semanais teria ou não um efeito benéfico na produtividade no trabalho. As conclusões recentemente apresentadas indicam que as enfermeiras que participaram na experiência de poderem trabalhar menos horas por dia (sem alterações no salário) mostraram-se 20 por cento mais felizes do que as profissionais de um grupo de controlo com responsabilidades idênticas, mas com oito horas de trabalho diárias. O número de baixas médicas das enfermeiras com horários mais restritos foi metade das suas colegas, precisaram de menos pausas para descansar e a maior frescura e energia que tinham permitiam-lhes realizar mais 64 por cento de actividades com os idosos, quando comparadas com as enfermeiras com a carga horária mais alargada. O coordenador do projecto de investigação, Bengt Lorentzon, aponta como uma das mais-valias na redução do horário o aumento da qualidade dos cuidados prestados. O país escandinavo começou por testar a medida no sector público nas décadas de 1990 e 2000, mas a não obtenção de evidências esclarecedoras e inequívocas da sua eficácia conduziu à sua interrupção em 2005. A jornada laboral de seis horas foi adoptada para os mecânicos da sucursal da marca automóvel Toyota em Gotemburgo e o resultado obtido foi um aumento dos lucros, o que justificou a manutenção do horário mais reduzido. A agência de marketing digital Brath, sediada numa cidade a mais de 400 quilómetros a norte da capital Estocolmo, segue o mesmo regime horário e as mais-valias para a empresa são idênticas, em virtude de uma maior satisfação e comprometimento dos funcionários com o empregador. Partilhar esta informação
Tendências Suécia avalia implementação de jornada diária de seis horas Autor: Data Publicação:23/05/2016 Se em Portugal se discute o regresso ou não às 35 horas semanais já a 1 de Julho e se para todos os trabalhadores da função pública, na Suécia está a ser estudada a redução generalizada do horário laboral para seis horas diárias. Uma década depois a matéria voltou à ordem do dia entre os suecos. O Governo promoveu a realização de um estudo num lar de idosos na cidade de Gotemburgo durante um ano para constatar se uma diminuição do horário de 40 para 30 horas semanais teria ou não um efeito benéfico na produtividade no trabalho. As conclusões recentemente apresentadas indicam que as enfermeiras que participaram na experiência de poderem trabalhar menos horas por dia (sem alterações no salário) mostraram-se 20 por cento mais felizes do que as profissionais de um grupo de controlo com responsabilidades idênticas, mas com oito horas de trabalho diárias. O número de baixas médicas das enfermeiras com horários mais restritos foi metade das suas colegas, precisaram de menos pausas para descansar e a maior frescura e energia que tinham permitiam-lhes realizar mais 64 por cento de actividades com os idosos, quando comparadas com as enfermeiras com a carga horária mais alargada. O coordenador do projecto de investigação, Bengt Lorentzon, aponta como uma das mais-valias na redução do horário o aumento da qualidade dos cuidados prestados. O país escandinavo começou por testar a medida no sector público nas décadas de 1990 e 2000, mas a não obtenção de evidências esclarecedoras e inequívocas da sua eficácia conduziu à sua interrupção em 2005. A jornada laboral de seis horas foi adoptada para os mecânicos da sucursal da marca automóvel Toyota em Gotemburgo e o resultado obtido foi um aumento dos lucros, o que justificou a manutenção do horário mais reduzido. A agência de marketing digital Brath, sediada numa cidade a mais de 400 quilómetros a norte da capital Estocolmo, segue o mesmo regime horário e as mais-valias para a empresa são idênticas, em virtude de uma maior satisfação e comprometimento dos funcionários com o empregador.